ANATOMIA (parte117)...
Stephen Hawking - Exprimentando gravidade Zero
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Stephen Hawking - Exprimentando gravidade Zero
Milhares…centenas…dezenas
Raiz. Um Tronco
Ramos …
Para norte, para sul…
Em todas as direcções.
Não há ponto cardeal que escape
Nem que se negue.
Flores,
Frutos,
Liberdade.
Contoselendas
vi os teus olhos durante um pássaro lento
que atravessou o céu e desapareceu atrás
da montanha.
olhando as nuvens compreendi que eras
meu amigo durante árvores a crescerem
nos campos.
dentro do meu olhar, na terra fresca, havia
rochas que existiam desde o inicio da nossa
amizade.
José Luís Peixoto in “A casa, a Escuridão”
Todos presentes, Todos ausentes
Ausentes da presença dos outros
Presentes na sua ausência
Até quando te esqueceremos AMOR
ContoseLendas
Desenho de William Blake - O Vendaval dos Amantes, 1824-27
Sentado na beira da calçada, com um ovo de chocolate pequenino nas mãos, olhar sério, aquele menino se pôs a imaginar. Havia muitas coisas que ele não entendia, por mais que tentasse.
Durante a semana toda, na escola, na rua, em casa, em todos os lugares só se ouvia falar de Páscoa, coelhinho e ovos de chocolate. A professora até colocou Jesus no meio da história, mas só aumentou a sua confusão; ele não conseguia organizar o pensamento. Jesus não é aquele que nasceu no Natal? Faz tão pouquinho tempo, e ele já morreu??!!
Não, decididamente ele não entendia nada. Não sabia exactamente o que uma coisa tinha a ver com a outra. Afinal de contas, por que comemorar, se Jesus morreu? Por que os ovos são de chocolate? E o coelho, o que ele faz nessa história?
Complicaaadooo!!!! Separava somente as coisas que entendia, e sabia o que era.
Entendia que estava esperando ganhar um ovo bem grande, daqueles que tinha visto na televisão, embrulhado num papel brilhante e com um laço de fita vermelha, que não veio, e ele sabia por quê: o dinheiro não deu.
Ele sabia. Nem seu pai e nem sua mãe tinham prometido dar-lhe um ovo de Páscoa; e ele sabia, também, que o coelhinho não o trazia para ninguém. Então, como é que ele poderia satisfazer a sua vontade de comer chocolate? Como ia passar o domingo de Páscoa sem comer ovo de Páscoa? E a ideia veio assim, de repente!!! Por que não???
Foi até o primeiro semáforo daquela movimentada avenida e, quando o sinal ficava vermelho ele se lançava entre os carros e ia pedindo:
"Moço, dá um ovo de Páscoa pra mim?"
"Senhor, poderia me dar um ovo de Páscoa?"
“Moça, dá um ovo de chocolate pra mim?"
Assim, ia pedindo e ouvindo as mais esfarrapadas respostas, quando alguém respondia.
Até que, enfim, parou um carro velho, todo manchado de ferrugem. Dentro, um homem com cara de bravo... ele tomou coragem, foi até lá e arriscou o mesmo pedido:
“Moço, eu quero um ovo de Páscoa".
E qual não foi sua surpresa quando aquele homem pegou, no banco do passageiro, um embrulhinho e lho estendeu pelo vidro.
"Brigado, moço!!!"
E saiu em disparada.
De volta à sua calçada, ele olhou o ovinho e sorriu feliz. Afinal, agora ele comemoraria a Páscoa.
Autor desconhecido.
Tanto brilhava a luz da Lua clara,
Que para ti me fui encaminhando.
Murmurava o arvoredo, gotejando
Água fresca da chuva que estancara.
Longe de prata semeava a seara...
O teu castelo, à Lua crepitando,
Como um solar de vidros formidando,
Vi-o como ardentíssima coivara.
Cantigas de cigarra na devesa...
E, pela noite muda, parecia
Cantar o coração da natureza.
Foi então que te vi, formosa imagem,
Surgir entre roseiras, fria, fria,
Como um clarão da Lua na folhagem.
Óscar Rosas
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